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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

`Somos todos seres desejantes. Talvez, o desejo seja a nossa experiência mais imediata e, ao mesmo tempo, mais profunda. Coisa que já Aristóteles vira e que Freud colocou como eixo fundamental para entender o motor humano. A nossa estrutura de base é o desejo. E faz parte da dinâmica do desejo não ter limites. Não desejamos só isso e aquilo. Desejamos tudo. Não queremos só viver muito, queremos viver sempre. Desejamos a imortalidade. E nos frustramos, porque o princípio da realidade nos mostra que somos mortais. Vamos morrendo devagarzinho, em prestações, cada dia, até acabarmos de morrer. Mas o nosso desejo é sempre virgem, sempre quer viver mais, quer prolongar o tempo, quer transcender a morte. A grande chave da pseudotranscendência é manipular nossa estrutura de desejo, é canalizar toda nossa potencialidade de desejo para uma coisa limitada e identificar essa coisa com a totalidade da realidade. É então que nos frustramos porque o desejo quer o todo e só alcançamos a parte`, do holístico Leonardo Boff, no livro `Tempo de Transcendência` (ed. Sextante 2000)

A Revolução Digital, energética, obrigará o homem a sentir a necessidade de eliminar a massa para a continuação da compressão tempo-espaço. Como estamos próximos da queda do outro lado do Muro de Berlim, o preconceito, o brasileiro terá, pela força da natureza, a pensar pela própria cabeça porque a atual águia, a que rompe o espaço, não terá mais respostas para o entendimento do Terceiro Milênio. É no país da inclusão que nascerá a Economia Real porque se descobrirá na Era do Conhecimento que as `reformas` são necessárias se romperem com a massa, a fim de fazer do homem um ser integral: fluxo energético. Por trás da discussão estará a divisão do espaço, o mundo, onde se digladiam Ocidente e Oriente, trabalhadores e capitalistas, apocalípticos e integrados, holísticos e cartesianos. Algo que os simplistas intelectuais cartesianos denominaram como `choque de civilizações`, apenas movimento dos contrários porque é baseado na percepção de cada um sobre o sentido da vida, canalizada em diferentes objetos do desejo. Forma-se, naturalmente, a massa, a restrição ao fluxo energético, provocando a criação do tempo, dentro do princípio da realidade identificado pelos cartesianos como `efeito da gravidade`, o espaço. Como a atual energia humana está exigindo a compressão tempo-espaço, por estarmos na Era do Conhecimento, os novos tempos levarão a direita e a esquerda a um discurso esquizofrênico, enquanto os `loucos` serão reconhecidos em sua lucidez. No centro do debate, a relação dialética entre a velocidade do raciocínio, a energia, versus a ação do corpo, a massa, como criação do tempo e do espaço. Estes fenômenos ocorrem quando a moralidade está sendo posta em xeque como cristalização da massa, levando a moral à condição de falsa energia que o pecador está a condenar como tempo. O obscuro objeto do desejo simbolizado na Bíblia apenas como o fruto da Árvore da Vida: a potência. Sem ela, não se cria nem descendentes para a preservação da espécie. O princípio da realidade demonstra, no entanto, que a criação do tempo leva à perda da potência, morre-se, a prestação, na proporção da redução do desejo, a energia, retratada na realidade como a imagem da maior miséria humana, porque incluem a todos: ricos e pobres, vencedores e vencidos, `straights` and `losers`. A esperança, no entanto, é que somos um projeto muito maior do que pode enxergar, ainda, os nossos olhos. Quem poderia imaginar, por exemplo, que a tese existencial viria pelo Brasil ao entender que fé é razão e que o pecador é o que dinamiza o direito?

A Era Digital terá um papel importante na civilização moderna porque os jovens não querem abrir mão de serem seres desejantes, porque desejam alcançar a potência. O pensamento cartesiano, vítima do tempo e do espaço, ficará defasado em relação ao movimento digital, uno, por se guiar pela lógica da `crítica` ao objeto do desejo, a Parte, para se entender o Todo: a potência. O tempo está pondo a moral em xeque porque ela foi responsável pelas maiores barbáries cometidas na evolução humana. Quem acabou carbonizado no ônibus por traficantes nunca será ícone dos imensos genocídios cometidos em nome da lei, com o aval democrático das massas, condenando o obscuro objeto do desejo. Assim foram as `bruxas`, `Joana d`Arc`, muitos deles julgados pela `Santa Inquisição` que não era restrita aos sacerdotes nem aos imperadores, mas pertencente à massa, a opinião pública. A que decide quem deve ser retirado da Árvore da Vida pela lei diante do julgamento da razão sobre o `bem` e o `mal`. E a maioria gritou: `queime-as` ou `crucifica-o`. Mais tarde, a verdade veio à tona pela ação do tempo e foram alçados a santos como mérito, reconhecidos pela revelação da história. No passado recente, o teólogo Leonardo Boff, autor do livro `Igreja, Carisma e Poder`, proscrito até há pouco tempo nas livrarias, sentado na cadeira da `doutrina da fé`, disse ao seu inquisidor: `O Brasil será o berço do cristianismo`. O tempo, o senhor da razão.

A novidade deste milênio é que não temos mais homens e mulheres acomodados, mas homens e mulheres dispostos a conhecer o absoluto. Achei muita graça da imagem de uma mulher que observava o título de capa da revista cartesiana `Veja`, `vendendo` que os cientistas haviam descobertos a mecânica da mulher. `Eu já estou cansada de eles dizerem que é um ponto no cérebro, venderem maquininhas para se atingir o ponto G quando a única coisa que sabemos é que a solidão assola, a fila anda, e que, passados séculos das mulheres de Atenas, somos apenas `boas parideiras`, orgulhosas de dar um filho aos homens, de preferência machos. O que queremos é nos sentirmos desejadas e sonhamos com um cobertor de orelha para nos esquentarmos à noite`. Eva continua a cobiçar o fruto, a frustração do desejo. A Árvore da Vida ainda não deu frutos porque não amadureceu. Não foi por falta de aviso do Criador, identificado como potência, por isso o único detentor do título de Todo Poderoso, ao dizer: `não comas (o fruto da Árvore da Vida), porque morrerás`. E o único consenso existente neste mundo, que não precisa da ação diplomática para superar os conflitos de interesse, é a convicção da morte como determinismo existencial. A decadência da potência. Desde criança, escuto: `a única coisa que todo o mundo acredita é que morremos` e depois caem na gargalhada como se tivessem descoberto a pólvora. O exercício da fé, a razão. No resto, há a luta entre a fé, a certeza, e o medo, a dúvida. E o duelo tribal entre fé e medo individual, refletidos na exigida ação presente, baseada no sonho futuro e nas referências do passado. A briga pela `verdade` diante da razão, fragmentada. A serpente, no entanto, garantiu: `comas, porque será potência`, a primeira transgressão à lei movida pela fé. Somos maiores do que pensamos nossa vã filosofia.

Os filósofos gregos explicaram ao homem que, se tiver auto-estima, ele é potente para romper o espaço, a massa, para produzir tecnologia, mas ainda não o tempo, a energia. Naquela época, antes de Cristo, a fé grega era de que o homem poderia ser igualado a Deus, mas eles mantinham a esperança em 12 deuses como espelho porque, dentro do princípio da realidade, não venciam a morte, o tempo, nem entendiam a mecânica do próximo, o espaço. Muitos séculos posteriores à Atenas, a evolução humana demonstra, ainda, que os filósofos gregos serão sempre a base do pensamento ocidental porque continuam atuais, rompendo o tempo, apesar do espaço que nos separa daquela civilização. Não vencemos, ainda, o tempo, a morte, nem a massa, o outro. Somos, então, pseudo-experiências de potência porque tememos a massa. A desconhecida.

O que apocalípticos e integrados, simbolizados metafisicamente como esquerda e direita, estão a concordar é que estão se sentindo oprimidos na divisão do espaço porque constatam o emburrecimento da razão ao não entenderem o tempo, o que só elevará a temperatura da intolerância, porque ficará mais visível a presença do peso da massa no espaço compartilhado, levando todos a reconhecer no outro a resistência à energia plena. Sentimento tão forte só foi conhecido na Idade Média que, por ser mediana, medíocre, levou o homem ao renascimento. O enforcamento de Saddam Hussein será apenas o símbolo da Idade Média moderna para a passagem para a nova renascença, a Boa Nova. Um novo tempo, conhecido sempre como `iluminismo` por ser um salto quântico da humanidade. Quando ela não acontece há o recorte da ignorância das massas retratado pelo filósofo sueco Ingmar Bergman no filme `O sétimo selo` ao pôr no mesmo ângulo fé e razão, espaço e ótica. A ilusão dos sentidos. Recentemente, o presidente Lula falou em `Ponto G`. O que precisamos como nação é descobrirmos o nosso `Ponto G` porque ele é fluxo energético, a fim de unir o mundo. O `Ponto G` do vôlei brasileiro foi um investimento maciço do Estado e iniciativa privada, só para dar um exemplo de expansão energética.

O fruto da Árvore da Vida, cobiçado inicialmente pela transgressora Eva, foi simbolizado na doutrina religiosa como o sexo porque ele é o único meio em que é exigida a expansão energética, que forma a potência. Sem o impulso inicial do progenitor, o espermatozóide, que manterá a raça, não tem impulso suficiente para entrar no jogo: a Vida. Por isso, a imprensa cartesiana ligou a declaração do presidente Lula a `pensar naquilo`. Ao nascer, o ser humano se dividirá em tribos como forma de proteção ao outro, a massa, traduzida pelo filósofo Jesus de Nazaré como `o mundo`. Nem a utópica igualdade impedirá a luta pelo entendimento da ciência do bem e do mal porque a dialética é o caminho para se entender os objetos do desejo e sua relação com a potência. E a busca dela só não é coletiva porque não existe a compreensão da massa como tempo. Diante de tantas doutrinas dos homens, o ser humano ainda não conseguiu a potência: morre-se. A triste constatação da miséria humana e que teve os seus filósofos para tentar entendê-la e explicá-la ao mundo, sendo entre eles Nietzsche o maior da lógica cartesiana e Jesus na lógica holística, tendo como tese a constatação do limite da vida como determinismo existencial. Mesmo sem a síntese, todos estão dispostos a lutar pela vida até o fim e se defrontam com o tempo.

O demônio interior, a restrição à energia, será relativo ao tamanho de latência entre a vontade criada no pensamento e a manipulação do objeto do desejo em vida. É quando a ética se manifesta como virtude da ação por representar o equilíbrio humano entre a relação vontade, energia, x objeto do desejo, o espaço. Elevada à potência no julgamento dos detentores do poder porque exercem o mando. Energia x Massa=Tempo x Espaço. O entendimento do tempo no espaço diante das respostas humanas: sucesso=energia, fracasso=restrição, manifestado em espaços energéticos do Ser. Em seu tempo, o filósofo Schopenhauer, que também morreu a prestação, enfrentava enormes críticas à análise que fazia do objeto do desejo, sendo reconhecido apenas pós-mortem como obra. Transformou-se na vida consciente em placa (recordação para o futuro), tributo (homenagem no presente) e memória (referência do passado). Mais uma vítima da latência do espaço porque há a massa, que alonga o tempo, e materializa o `efeito da gravidade`. Tudo cai: os seios, as nádegas, a maçã na cabeça das pessoas e a pele quando chega à idade da velhice. Com a tecnologia moderna, pode-se retalhar o corpo para enxugá-lo, sem trazer de volta a `energia da juventude`, movida pelo objeto do desejo, frustrante na ação do tempo porque a Parte não chegou ao Todo: a potência.

A moral, que dominou os séculos passados, está apenas na cadeira do esvaziado Tribunal da Santa Inquisição pela experiência histórica de ser massa criando o tempo. Até pouco tempo atrás, ser desquitada ou filho de desquitada era motivo de condenação por parte da sociedade. Hoje, o difícil é encontrar um caso de filhos de um mesmo casal, `aceitos` naturalmente pelo `mundo`. Na década de 50, teve até um caso em São Paulo em que uma desquitada foi apedrejada sob alegação de que dava `mau exemplo` às meninas. Ela transgrediu a norma vigente e foi condenada por buscar o crescimento existencial, mesmo sem ter marido. Negou a aparência, a massa. A `pecadora` rompeu o espaço, abreviando os tempos, a fim de que as mulheres modernas pudessem ter o `direito` hoje de serem `aceitas` por sua opção diante do livre-arbítrio, mesmo disputando o mesmo espaço com o outro. Atualmente, muitos gays são agredidos por sua opção energética por darem `mau exemplo` aos meninos. Como pano de fundo, a `aceitação` do tempo como senhor da razão e do espaço como prática para se entender o objeto do desejo: a potência. São fartos os noticiários nos jornais sobre a hipocrisia humana. Um casal, não esperando chegar em casa e nem levando o carro para o acostamento, fecha o trânsito em Israel para praticar o ato sexual a fim de não perder o absoluto da energia. Como punição do policial, o repressor que limita a transgressão, foi apenas uma multa por bloquear o tráfego. Um exemplo de uma sociedade baseada na moral. Se fosse no Brasil, seria manchete como mais `uma mazela do Brasil`.

Desta forma, o direito é um mito, como demonstrou o professor João Uchoa Cavalcanti Neto em seu livro homônimo, que será, em breve, alçado à condição de maior clássico do direito. Ele chama a atenção sobre quem julgará o juiz e sua sentença se a ação é decorrente do tempo e do espaço a qual ambos estavam inseridos. João Uchoa, numa condenação à lei, conclui que a redenção só ocorrerá no entendimento do objeto do desejo porque o ser humano transgride a lei desde o princípio. Ele quer conhecer, manipular, para chegar a algo que persegue: a potência. Mas desde o início dos tempos constatamos, pelo princípio da realidade, que não a atingimos: morre-se. E Giordano Bruno quase foi à fogueira, se não se calasse sobre a `verdade` de que a terra era redonda e não plana como garantia a fé vigente. Cale-se. E o professor João Uchoa conclui que o pecador é o que dinamiza o direito porque obriga os juristas, a massa, a atualizar a lei, que estabelece parâmetros para a transgressão, a fim de dinamizar o direito dentro da abreviação dos tempos. O pecador é que o transgride a lei para fazer história e reafirmar a hipocrisia da sociedade. Exemplo: não se pode invadir um país sem que seja autorizado no Conselho de Segurança da ONU. A sociedade, hipócrita, escolhe o transgressor do `bem` e o transgressor do `mal` de acordo com o juízo de valor sobre a aparência e a sua potência. A massa.

O oprimido, que não tem os mesmos privilégios concedidos pela sociedade ao poderoso, usa, então, a violência, porque não se sente inserido no tempo e no espaço e torna-se um excluído social, para buscar a potência, associada à arma, a imagem do Phalo. Por isso, o presidente Putin comentou sobre Olmert, após reunião em que o premiê de Israel saiu convicto de que a Rússia não iria se meter no conflito árabe-israelense: `Ele deve ter `aquilo` grande`. O medo da sociedade é quando os excluídos passam a ser massas dispostas a romper o espaço, com o máximo de fluxo energético, trazendo o `descontrole` à norma vigente e consigo a burguesia decadente e as suas doutrinas. E é no erro, a curva que cria o tempo, que há o entendimento do espaço compartilhado como linhas tortas, a resistência para se chegar ao direito. Mesmo que a vontade latente seja a da linha reta, a perfeição, porque é o menor caminho entre dois pontos. O Tempo. A dialética entre o coração, energia pura, e o objeto, o desejo. O fluxo energético que leva à fé, mutável pela ação do tempo, condenada a ser a senhora da razão.

Coitado do país que não reconhece os seus profetas, que abreviam os tempos. Glauber Rocha filmou `Câncer` na década de 60. O recorte dos excluídos de hoje que, na época, a sociedade não percebia devido à restrição da massa à ação do tempo, trazendo a ilusão dos sentidos. Na cena final, disse o excluído à massa, a opressora, em explosão de energia, exterminando-a como um big-bang: `matei o mundo!`. Mas ensinou-me o presidente de meu País: `paciência, paciência, paciência!`, me levando a entender sobre o tempo adequado das coisas. Só poderia vir dele, que sofre na pele a ação do preconceito e está convicto da importância da paz entre os homens. Valeu, Muralha! Obrigado por `blindar` a economia à ação especulativa, a massa, para que possamos negociar sem vulnerabilidade, com energia.

Foi bonito te ver na foto histórica quando o Tio Sam veio conhecer a nossa batucada, o convite à inclusão, o princípio para o `Ponto G`, a convergência energética. O cowboy colocou o capacete da Petrobrás, símbolo da competência, criatividade e energia do brasileiro, a marca da resistência. Imagem delineada em seus contornos pelo cartunista Chico como o artilheiro brasileiro driblando, pela raça, o xerife do mundo. Quem poderia imaginar que o humilde, retirante, venceria o valente, o `Príncipe`? E ouviu os fundamentos do futebol. Temos o Rogério Ceni na Seleção Brasileira. Dos 11 jogadores em campo, o goleiro é o único que não pode errar porque corrige as deficiências da equipe dentro do tempo regulamentar. E lá está ele a tentar a repescagem para novamente impedir as falhas dos `meninos aloprados`, compostos por sapatos altos, fominhas, preguiçosos, poderosos, criativos e inventivos jogadores da Seleção Canarinho, que não conseguem mais chegar ao `Ponto G`, o `Gol`, há um quarto de século. A massa, criadora do tempo. E não adianta culpar o juiz, o décimo segundo correndo em campo, o dono da bola, que estipula o prolongamento do jogo e sai de campo sempre malhado, como Judas, por ter mantido a partida, com suas marcações, no irritante zero a zero. Brasil, o desafio é a nossa energia.

Valeu Muralha! Não entrou uma, funcionando como barreira à falta de marcação e restrição à falta de desejo da equipe. Mas se, na mesma medida que julgou, o PT foi julgado, a ação do tempo na massa, o Galeão ainda terá a sua vez por ter criado o primeiro `foco terrorista` no País. Quem é brasileiro, não desiste nunca. Afinal, o profeta judaico João Evangelista revelou: `no meio do jardim encontrarão novamente a Árvore da Vida` e Da Vinci imortalizou Eva como Madona, Mona Lisa, sorrindo em plenitude. O futuro é lindo. Futuro? Vade retro Satanás que me serve de escândalo! A Idade da Terra. Valeu Glauber, o `louco`, reconhecido internacionalmente e comparado a Godard. Um cineasta brasileiro, antropofágico cultural, discípulo de Mário de Andrade, à frente de seu tempo. `É um filme que o espectador deverá assistir como se estivesse numa cama, numa festa, numa greve ou numa revolução. É um novo cinema, anti-literário e metateatral, que será gozado, e não visto e ouvido como o cinema que circula por aí. É um filme que fala das tentativas do Terceiro Mundo... fala do mundo em que vivemos. Não é para ser contado, só dá para ser visto. De Di Cavalcanti para cá eu rompi com o cinema teatral e ficcional.` Glauber Rocha

Enquanto isso, temos que agüentar o nenhenhém da tradição dos anciãos e a TV Corvo fazer a `Justiça` dos doutores da lei. A massa criando o tempo. Apenas sepulcros caiados.
`Estou velho, com a idade, o corpo já não pede muito sono e com o sabor da insônia a realidade adquire contornos de estranheza. Dia 4 de outubro, dia de São Francisco. O tempo já não tem significado. Se Deus fosse feito de tempo, me perdoem a blasfêmia, até Ele teria perdido o sentido, ponto.`, cena inicial do filme `O veneno da madrugada`, de Ruy Guerra.

OBS: Em memória do maior entre todos os homens porque, como profeta, sentenciou: `se naqueles dias os tempos não forem abreviados, ninguém se salvaria, mas graças ao amor dos escolhidos, os tempos serão abreviados`. E, como filósofo, ensinava aos seus discípulos: `a magnificência do Pai a tudo explica porque o Pai se justifica em seus filhos`. O Maior sangue derramado pela eterna aliança: a Árvore da Vida.

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